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Parece que a Globo esqueceu que a pandemia ainda não acabou...

Por: Bruno Dames

Em agosto de 2020, a TV Globo estava tentando recuar quando se teve a volta das gravações das novelas “Amor de Mãe” e “Salve-se quem puder” com todos os protocolos de segurança sendo seguidos. Além disso, também foram produzidos e já exibidos os dois episódios especiais de “Sob Pressão - Plantão COVID”, mostrando sinais de que mesmo na pandemia, a dramaturgia estava viva. É uma das áreas que não tem como se trabalhar online, a decisão foi correta.



O problema é que nos últimos meses a TV Globo vem trazendo seus programas com apresentadores do grupo de risco de volta ao estúdio, não mais em casa, como era feito desde o início da pandemia. Ainda em agosto, Fausto Silva voltou aos estúdios com a promessa de uma nova temporada da “Dança dos Famosos” no “Domingão do Faustão”, que foi um fracasso e merece ser esquecida, porque tiveram vários casos de COVID-19. O problema é que não foram casos isolados. Em dezembro, Serginho Groisman e sua equipe voltaram com o “Altas Horas”, como no próprio programa mostra, todos os protocolos sendo seguidos, porém estando em uma bela fase virtualmente, com ótimos programas, isso não era necessário. Nesta segunda Ana Maria Braga também voltou a gravação nos estúdios Globo, agora em São Paulo, com direito a cenário novo para o “Mais Você”. Tudo muito lindo, até mesmo seguro, mas a pergunta que fica: porque não esperar mais um pouco? A vacinação desses artistas está muito próxima.



Não satisfeita, em dezembro se iniciaram as gravações do “The Voice +”, que reúne somente candidatos maiores de 60 anos, ou seja, todos do grupo de risco, que gravam presencialmente. O programa é lindo, mas em hipótese alguma deveria ser feito neste momento. É o tal do programa certo no momento errado.



Geraldo Luís e Ratinho, respectivamente da Record e do SBT, voltaram aos estúdios, mesmo fazendo parte do grupo de risco. O “Programa do Ratinho” voltou ainda em maio, porém com todos os protocolos possíveis. Só foi desandar e ter plateia em outubro, mês que Ratinho pegou COVID. Muita coincidência, não? Tudo piorou em janeiro, quando estreou “A Noite é Nossa” de Geraldo, com aglomeração no palco e plateia sem proteção suficiente. Resultado disso? Acaba de ser confirmado por Flávio Ricco que Geraldo Luís está com COVID-19, pertencendo ao grupo de risco.



Resumindo, um relaxamento desnecessário de todas as emissoras tem trazido consequências nada boas. Porém logo a Globo, que traz reportagens, matérias e discursos contra o negacionismo e aglomerações, tendo erros como esses esclarecidos na matéria. Não parece ser a mesma emissora que vemos no “Jornal Nacional”, aquela que a gente vê no “The Voice +”, por exemplo. Faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço...



Vale lembrar também que o SBT ainda não voltou com seus apresentadores mais velhos (Silvio Santos, Carlos Alberto de Nóbrega e Raul Gil), que devem retornar em março, segundo Ricardo Feltrin. A gente sabe que o mundo está andando e a televisão também precisa andar. Celso Portiolli, Eliana, Luciano Huck, Rodrigo Faro e vários outros voltaram aos trabalhos presenciais, mas o grupo de risco, como o próprio nome diz, tem muitos riscos e não está na hora ainda! O que não dá para entender e voltar com os apresentadores nos estúdios justamente agora, que está tão próximo da vacina, só esperar mais um pouco.






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